Relembre a matéria do Jornal “A Cidade” publicada no dia 16 a 30 de Novembro de 2007
JORNAL A CIDADE – 16 a 30 de novembro de 2007 – Caderno de Cultura
Os músicos goianenses radicados em João Pessoa, Luciano Oliveira e Cidcley Cabral, mais conhecidos respectivamente por “Pão” e “Vagalume”, que anos atrás foram os mentores do projeto “Laboratuk”, onde crianças das comunidades carentes de Goiana e seus distritos aprendiam a tocar e confeccionar instrumentos de percussão como xerequês, caixas, alfaias, entre outros.
Os artistas que desenvolvem as suas atividades na capital da Paraíba têm vários projetos apoiados pela Prefeitura local. Eles dizem que apesar da ótima acolhida por parte das pessoas e das instituições relacionadas à cultura, em João Pessoa, desejam fazer um trabalho voltado para a sua terra natal. “Eu e Luciano Pão, trabalhamos com o círculo de tambores no centro histórico, que é muito conhecido, não só na região, mas a nível nacional. A grande mídia já mostrou várias vezes. Como também o projeto Ra-ta-ta, o Maracaiba e etc. Mas, não estamos satisfeitos ainda. Queremos realizar ações como essas em Goiana, cidade fomos criados”, comentou Vagalume.
Para Luciano Oliveira, conhecido como Pão, existe uma lacuna a ser preenchida, pois a cultura local é riquíssima, além de um elemento importante para a cidadania. “Na capital paraibana as coisas aconteceram mais rápido, foram dez anos de avanço e progresso em apenas três! Lá tivemos um rápido reconhecimento do nosso trabalho pela Prefeitura. E o Governo do Estado também nos aproveitou em seus projetos culturais e, ainda, elaboramos alguns como o Nação Maracaiba”, ressaltou.
O projeto que os músicos querem implantar em Goiana é baseado em uma política sócio-cultural, através do processo educacional ambiental, reciclando materiais, elevando assim, a autoestima das pessoas que lidam com o lixo. Mas, para fazer isso em nossa cidade, eles estão à procura de parceiros no setor privado e público. “Essa iniciativa está antenada com a preocupação pela natureza e tem um princípio de inclusão social. Existem um preconceito com quem lida com o lixo, que é o resultado do consumo desenfreado. Queremos dar um destino mais nobre a essas pessoas e mudar essa mentalidade, mostrando para a sociedade a importância desse setor e a musicalidade que brota das vassouras e tambores de lixo”, conclui Luciano.
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