JORNAL A CIDADE – 16 a 30 de novembro de 2007 – Caderno Cidades

Além da reforma do cine-teatro será criado um Centro de Enriquecimento Cultural

A restauração do Cine-teatro Polytheama começou a ser execu­tada pela construtora Baptista Leal, no dia 5 de novembro. O projeto de autoria e verba do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável da Zona da Mata de Pernambuco – Promata, não se limita apenas à parte interna e a fachada do prédio público, pois ao lado, dentro do mesmo terreno, será construído um Centro de Enriquecimento Cultural – CEC. O prazo para o término das obras é de seis meses.

Segundo o gerente geral do Promata, Leonardo Ramos, o aporte de recursos para as obras está acima dos R$ 1,1 milhão. O valor total ainda não está confirmado, pois a licitação para escolher a empresa responsável pela climatização do Polytheama ainda não aconteceu.

O início das obras marca uma grande conquista de todos os que batalharam para que o prédio fosse restaurado. Para a coordenadora municipal do Núcleo de Supervisão Local do Promata, Maria de Lourdes Tavares Barros, os integrantes da Comissão Gestora Local, do refe­rido programa estadual, tiveram papel preponderante para que o projeto saísse do papel. “Temos que agradecer a Manoel Cosme, Vera Freitas, Jilmário Rodrigues e Auceni Gomes. Todos eles se dirigiram até Recife para que a revitalização do nosso cinema fosse agilizada”, enfatizou Lourdes.

Uma boa novidade dentro desse projeto será a construção do Centro de Enriquecimento cultural – CEC. Nele funcionarão duas salas de aula para oficinas, uma biblioteca virtual, um “Empório das Reminiscências”, além de um salão para 220 pessoas e uma arquibancada para 51 lugares.

Já o novo cine-teatro contará com 220 assentos numerados e quatro vagas para cadeirantes. É importante frisar que o projeto de revitalização está priorizando a construção de rampas de acesso a pessoas com deficiências especiais, assim como um banheiro exclusivo para deficientes.

Ou seja, o local deverá se transformar em um riquíssimo centro de efervescência cultural, com espaços para as diversas tribos. Se a restauração do cine-teatro por si só já seria algo muito positivo, só nos resta, enquanto cidadãos, estarmos satisfeitos e bastante atentos com o desenrolar das obras deste que, poderá vir a ser, um centro de referência para a cultura de toda uma região.

Com quase tudo acertado, certamente teremos o Polytheama restaurado no prazo de seis meses. Após a conclusão das obras, segun­do o secretário de Planejamento Estratégico de Goiana, Cláudio Manguinhos, a administração do prédio público será feita por um comitê gestor com participação popular. O que seria uma grande conquista para a sociedade. Porém, é preciso acompanhar de perto todo o processo para a inclusão de representantes culturais em um possível comitê gestor.

Para o ativista social, Manoel Cosme, conhecido como “Neco”, é muito importante que o comitê gestor seja paritário, ou seja, onde a população tenha a mesma quantidade de representantes que o poder público. “Vamos lutar para que a metade dessa gestão seja formada pelos verdadeiros representantes da nossa cultura. Não permitiremos ser excluídos desse processo. A sociedade precisa se sentir representada. Todos necessitam saber que o Polytheama não é do Promata, tampouco da Prefeitura, ele é, sim, da população. A nossa luta está só começando”, enfatizou.