JORNAL A CIDADE – 01 a 15 de novembro de 2007 – Almanaque
Coluna Alto falante, por Luiz Duarte

Em fase adiantada da obra, mas ainda sem data prevista para conclusão dos trabalhos no Cine-Teatro Polytheama, já começa a discussão embrionária sobre quem vai gerenciar o espaço. Até agora, algumas entidades culturais têm discutido entre si as possibilidades de como poderia ser utilizado o cine-teatro.

É consenso entre os artistas que o Polytheama é um espaço nobre e será fundamental para o fomento da cultura local e um facilitador no intercâmbio cultural em nossa cidade.

Não é difícil imaginar aquele ambiente ocupado por atividades artísticas próprias para o ambiente; as artes cênicas que em nossa cidade é ainda marginal terão uma oportunidade histórica de se desenvolver em sua plenitude, além de poderem atrair bons espetáculos do ramo a fim de sedimentar um público para esta nobre arte.

Atualmente há alguns grupos fazendo teatro, como o Centro Teatral e Cultural da Nova Goiana (CTCNG) que está em vias de se tornar uma associação e trabalha para agora em dezembro apresentar o Auto de Natal Vovô Natalino do artista plástico Zé do Carmo, entre outros espetáculos.

Para os músicos locais também será uma mão na roda uma vez que cada vez mais existe gente produzindo trabalhos autorais, mas, até então, sem um lugar adequado para expressar-se.

Já como cine-teatro em pleno funcionamento estes mesmo artistas poderão realizar festivais de música, além de promover eventos individuais.

A preocupação da classe artística, hoje, é ter o Polytheama com uma administração sensível à questão cultural e não abrir as portas para uma cultura de massa, uma vez que essas manifestações já possuem seus espaços e respectivos públicos.

O Cine-Teatro deve ser uma ferramenta para o enaltecimento da cultura goianense. Então, talvez um bom caminho seja uma gerência que envolva o poder público e os representantes das entidades culturais, para que todos os interesses sejam contemplados.