O Espetáculo “ESQUECIDOS POR DEUS” estreia nesta terça-feira, 28 de maio, em solo pernambucano, na 9ª edição da Mostra Goyanna de Artes, no Teatro Sesc Ler Goiana, às 19h, com entrada gratuita.
O espetáculo trata de questões fundamentais dos tempos contemporâneos, como memória, identidade, patrimônio, apagamentos, esquecimentos, cancelamentos e a relação disso tudo com crenças e valores. Uma atuação de tirar o fôlego. Uma encenação contemporânea que preza pela proximidade com a plateia e permite inúmeras narrativas, numa multiplicidade de interpretações possíveis por parte do público.
Um bandido que se crê Deus. Lembranças saudosas de uma infância. Da irmã, do pai, da mãe… Um capanga grotesco arranca risos. Um casal é feito refém. “Será que fomos esquecidos por Deus?” Mas… “De que Deus você está falando?”
“Esquecidos por Deus”, é um monólogo inspirado na obra “O Livro das Personagens Esquecidas”, do premiado jornalista, escritor e membro da Academia Pernambucana de Letras, Cícero Belmar. Inteiramente produzido na região, entre as cidades de Goiana-PE e Caaporã-PB, sua equipe é formada por nomes conhecidos da Cultura e da Produção Cultural destes estados irmãos, como o consagrado diretor José Manoel Sobrinho, ex-Gerente de Cultura do Sesc Pernambuco, que assina a encenação, dramaturgia e iluminação do espetáculo, que tem atuação de Murilo Freire, ex-Professor de Teatro e ex-Supervisor de Cultura do Sesc Ler Goiana, que completa seus 40 anos de carreira no teatro e hoje atua como Professor de Teatro para a Secretaria de Educação de Caaporã e também responde com Diretor de Cultura, na Secretaria de Cultura do município.
Além deste nomes consagrados da Cultura Pernambucana e da região, o espetáculo conta ainda com a Direção Musical do músico goianense Fellipe Barnabéne a Produção Geral, Assistência de Direção de Arte, Mídias Sociais e Operação de Som da feshionista e Produtora Cultural Gabi Nunnes, também de Goiana. Valorizando a mão de obra e o talento local em todas as etapas do processo, Figurino e Adereço foram confeccionados pela goianiense Ivone Nunes e o cenário pelo artesão Melé de Acaú. Por estas razões, o espetáculo recebeu patrocínios de importância na região, como os da FADMAB/AMESG e da Prefeitura de Caaporã, além de vários apoios e incentivos culturais de empresas e personalidades das duas cidades.
A classificação indicativa é de 16 anos e o espetáculo fará única apresentação em Goiana, no Centro Cultural Historiador Antônio Corrêa de Oliveira, no Teatro Sesc Ler Goiana, nesta terça-feira, dia 28 de maio, às 19h, com entrada gratuita.
SOBRE:
FICHA TÉCNICA @esquecidospordeus
Textos – Cícero Belmar @cicerobelmar
Encenação, Dramaturgia e Iluminação – José Manoel Sobrinho @josemanoelsobrinhooficial
Concepção de Texto – José Manoel Sobrinho e Murilo Freire
Atuação – Murilo Freire @lilofreire
Assistente de Direção de arte, Mídias Sociais e Operação de Som-Gabi Nunnes @mar.de.gabi
Direção Musical, Composição de Trilha sonora, Guitarra e Baixo – Fellipe Barnabé @fellipebarnabe
Engenharia de Som e Bateria – Sam Silva @samsilva
Técnico de Gravação – Raphael Urbano @duwend
Confecção de Cenário – Melé de Acaú @marcenaria_do_mele
Confecção de figurino e Adereço – Ivone Nunes @ivonearteinfantil
Consultoria de Corpo – Breno Liberato @breno.liber.ato
Fotografia – Tayná Nunes e Sergio Ricardo @lampejofotografia @prod_vortex
Produção Executiva e Assessoria de Imprensa – Sheilla Martins @sheillamartins.com.br
Mídias sociais – Gabi Nunnes @mar.de.gabi
Produção geral – Murilo Freire e Gabi Nunnes @lilofreire / @mar.de.gabi
SINOPSE
O espetáculo trata de questões fundamentais dos tempos contemporâneos, como memória, identidade, patrimônio, apagamentos, esquecimentos e a relação disso com crenças e valores. Uma atuação de tirar o fôlego, numa encenação contemporânea que preza pela proximidade com a plateia e por rupturas na lógica narrativa que permitem uma multiplicidade de interpretações por parte do público. Um bandido que se crê Deus. Lembranças saudosas de uma infância. Da irmã, do pai, da mãe… Um capanga grotesco arranca risos. Um casal é feito refém. “Será que fomos esquecidos por Deus?” Mas… “De que Deus você está falando?”
“Esquecidos por Deus”, é um monólogo inspirado na obra “O Livro das Personagens Esquecidas”, do premiado jornalista escritor Cícero Belmar, membro da Academia Pernambucana de Letras, com encenação, dramaturgia e iluminação do consagrado diretor José Manoel Sobrinho e atuação de Murilo Freire, que completa seus 40 anos de carreira no teatro e também assina a produção do espetáculo.
MURILO FREIRE
Murilo Freire de Carvalho, Pernambucano, natural de Recife, iniciou sua trajetória no Teatro ainda criança, aos sete anos de idade, então aluno do Colégio São Luís/ Marista. Já no ano seguinte, aos oito anos, incentivado por sua mãe, iniciou carreira profissional, conduzido pelas mãos do saudoso ator e radialista Paulo Ferreira, tendo cumprido sua primeira temporada. O ano era 1985 e desde então os estudos e experiências no campo da arte teatral não mais pararam, mas só se aprofundaram. Em 1997 ingressa ao mesmo tempo na Universidade Federal de Pernambuco/UFPE, no curso de Licenciatura em Artes Cênicas, buscando tornar-se professor na área, mas também no Curso Regular de Teatro do Serviço Social do Comércio/ SESC, formação técnica profissionalizante para artistas do palco, notadamente atores e atrizes. Em 1998 recebe sua inscrição como Ator Profissional através do Sindicato de Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversão no Estado de Pernambuco/SATED-PE, sob a chancela do Ministério do Trabalho. Neste mesmo ano, parte em turnê internacional à Europa, onde acaba residindo pelos cinco anos seguintes, em Paris, França, onde atuou como ator profissional em várias montagens e espetáculo locais, festivais e turnês pelo país, bem como ingressou na Universidade de Paris-8/ Vincennes – Saint-Denis, para o curso de Arts du Spectacle (Artes do Espetáculo), onde se especializou nas técnicas de treinamento corporal para atuantes do palco. De volta ao Brasil e à sua cidade natal, Recife, em 2003, funda e dirige a Associação Labô-Espetáculo para a Pesquisa, Formação e Criação Teatral, através da qual ministrou inúmeros cursos de teatro em parceria com instituições como a Prefeitura do Recife, Governo do Estado de Pernambuco, Universidade Federal de Pernambuco/UFPE e o Serviço Social do Comércio/SESC. Neste mesmo período, atua, também como Produtor Cultural e Gestor de Políticas Públicas de Cultura, notadamente para as Prefeituras do Recife e Jaboatão dos Guararapes e para o Governo do Estado de Pernambuco. Tem várias participações em congressos, seminários e colóquios nacionais e internacionais no campo das Artes Cênicas e da Arte-Educação, com artigos publicados dentro e fora do País. Em 2004, torna-se Professor de Teatro efetivo para o Serviço Social do Comércio/SESC, na unidade executiva SESC Ler Goiana, onde assume também o cargo de Supervisor de Cultura, conduzindo a política cultural da instituição para a Zona da Mata Norte de Pernambuco. Paralelamente a esta atuação, recebe formação como Psicoterapeuta e em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde, atuando desde 2018 como Psicoterapeuta Holístico Integrativo, presencialmente e online para todo o Brasil, também ministrando cursos e formações nesta área.
JOSÉ MANOEL SOBRINHO
José Manoel Sobrinho é diretor, professor e ator de Teatro. Gestor e produtor cultural, já dirigiu mais de 100 espetáculos, tendo sido diversas vezes premiado. Natural de Bezerros (PE), reside em Recife (PE).
CÍCERO BELMAR
Cícero Belmar é escritor, dramaturgo e jornalista. Escreve para o público infantojuvenil, mas também contos, romances, biografias, crônicas e textos teatrais. Natural de Bodocó (PE), mora no Recife e é membro da Academia Pernambucana de Letras.
CONSTRUÇÃO CÊNICA DO MONÓLOGO “ESQUECIDOS POR DEUS”
O monólogo Esquecidos por Deus, inspirado na obra “O Livro das Personagens Esquecidas”, de Cícero Belmar, com dramaturgia de José Manoel Sobrinho e Murilo Freire de Carvalho, respectivamente o Diretor e o Intérprete deste espetáculo, iniciaram um processo de ensaios visando uma circulação no estado da Paraíba, Pernambuco, assim como por outros estados do Nordeste e demais regiões do Brasil.
A atuação em Esquecidos por Deus parte de uma pesquisa prática e corporal do ator-pesquisador Murilo Freire no âmbito da pré-expressividade (Barba) e do trabalho sobre as ações físicas (Stanislasvski/Grotowsky), fundamentada na antropologia teatral e na etnocenologia, que já vem sendo desenvolvida há cerca de 20 anos, denominada de Arquetipia Humanimal. Tal pesquisa baseia-se na observação de um fato corriqueiro, por vezes anedótico, mas que sugere uma hipótese fundamental. O fato observado é mimetização, por parte de diversas espécies animais que, domesticadas, na convivência próxima com seus tutores, passa a reproduzir hábitos, temperamentos, humores e mesmo expressões faciais e sonoras que consideramos ”humanas”, muitas vezes suscitando brincadeiras, anedotas e até os famosos “mêmes”, tão comuns nas redes sociais. Deste fato corriqueiro, surge então a hipótese fundamental: E se nós, humanos e também pertencentes ao reino animal, dado o nosso grau de consciência mais complexo em relação às outras espécies animais, fossemos, de fato, a única espécie animal capaz de reproduzir em nossos comportamentos, individuais e coletivos, todos os hábitos da demais espécies? De fato, de forma isolada ao comportamento de cada espécie, vemos no reino animal existência de hábitos como a monogamia, a exemplo de pinguins, araras e elefantes, e da não-monogamia, a exemplo de cães, gatos, outras aves e insetos; espécies de hábitos individuais e que vivem isoladamente, como ursos e tigres, e outras de hábitos coletivos, como lobos; ou ainda espécies de hábitos noturnos, como gatos e morcegos, enquanto outras funcionam diuturnamente, como formigas e cães; apenas para citar alguns exemplos de comportamentos e hábitos que nossa espécie é capaz de reproduzir a partir das escolhas individuais e/ou dos contextos socioculturais inerentes à vida humana.
Partindo desta hipótese, na condução da pesquisa prática que leva à construção de personagens com base no método das ações físicas, seguindo os conceitos de corporeidade e fisicidade (Burnier), onde o atuante inicia o trabalho por reproduzir em seu corpo, aspectos da corporeidade de um determinado animal não humano, como sua respiração, seus impulsos físicos, mobilidades articulares, ritmos e dinâmicas de movimentação e locomoção, etc., ao ponto de alterar sua própria corporeidade humana nesta nova de forma plenamente codificada e dominada em sua execução. Atingido este primeiro resultado, o atuante retoma a fisicidade humana (forma externa) preservando os aspectos codificados desta nova corporeidade. É neste momento que surge um arquétipo humano claramente identificável, onde o observador deste processo, ou o próprio espectador, tem a nítida impressão de “já ter visto alguém assim”, seja alguém autoritário, agressivo, submisso, amoroso, lânguido, doce, raivoso, ansioso, medroso, agitado, alegre, serelepe… Este é o Arquétipo Humanimal, do qual será composta a partitura física que irá sustentar a construção do personagem e que é à base do processo interpretativo de Esquecidos por Deus.
PARCEIROS DA MONTAGEM DO ESPETÁCULO – ESPAÇOS DOS ENSAIOS
Apoio Cultural: Gráfica JB, Pousada Hotel Novo Paraíso, Mamam – Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães, SESC Pernambuco – Unidade Santo Amaro, Museu da Cidade do Recife, Centro Apolo-Hermilo: Teatro Apolo, NTU /UFPB – Teatro Lima Penante, Teatro Ednaldo do Egypto.
Patrocínio Cultural: Faculdade de Goiana – FADMAB, através da Autarquia Municipal de Ensino Superior de Goiana.
SERVIÇO
Espetáculo “Esquecidos por Deus”
9ª edição da Mostra Goyanna de Artes
Data: 28 de maio– terça-feira
Horário: 19h
Local: Teatro Sesc Ler Goiana
Duração: 60 minutos
Gênero – Drama
Classificação: 16 anos
Entrada gratuita
Fotos/Crédito: Tayná Nunes e Sergio Ricardo @lampejofotografia @prod_vortex
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